Numeros que Falam

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

EU TE AMO

As três palavras que nós mais adoramos ouvir. Elas penetram em nossos ouvidos e entram em nossas células. Tomam conta de nosso coração e dominam nossa mente, borbulham nossas emoções e somos levados a vivenciar abissais sensações.

Eu te amo, palavras que produziram forças que fizeram a história humana superar seus limites e descer às profundezas de nossa animalidade. Que produziram guerras e pacificaram povos. Que produziram riquezas e Taj Mahal. Que produziram renúncias e fome.
Eu te amo, palavras que levam a estágios de consciência elevados e a degradantes experiências. Que levam consigo opostos tão contrastantes. Por amor construímos, elevamos, superamos, mas por amor também matamos, aterrorizamos, sacrificamos, destruímos.

Eu te amo, são palavras que transformam. Se compreendidas e vivenciadas ao pé da letra, com o conhecimento profundo de seu significado, transformamos o mundo.

Eu te amo, antes de tudo quer dizer eu te respeito. Eu te mantenho livre. Não interfiro no teu livre arbítrio, mas estou aqui, contigo, na mais completa incondicionalidade.

Num mundo de muitos deuses e pouca fé, onde o caos e a ordem percorrem as vastidões do tempo, a doença e a cura, o fracasso e o sucesso, a alegria e a tristeza, a solidariedade e o egoísmo, e todas as polaridades atravessam as vastidões da experiência humana eu te encontrei... e te amei...

Vivi o encantamento, a leveza, a alegria, o transbordamento e o batimento descompassado de meu coração, pela avalanche de emoções que me provocavam.

Virei pintor de imagens maravilhosas.

Virei diretor de filme, recordista de bilheteria, repleto de paisagens afrodisíacas e momentos indescritíveis e inesquecíveis que o coração humano é capaz de vivenciar.

Ah! Mas eu também vivi. Vivi a dor da distância. A tortura da dúvida. O dilaceramento do ciúme. A crueldade da posse. O despotismo do controle. Que revelam a polaridade oposta do amor: o egoísmo.

E isso me levou à nova escola da vida. O equilíbrio e a voltar-me para um novo desafio, que é o elemento mais motivador da experiência humana, a vivenciar, na integridade, a incondicionalidade do amor.

Mas para isso, meu Deus, preciso divinizar-me, para poder respeitar na total integralidade o teu livre-arbítrio. Assim também, vejo o difícil desafio que também és submetida, respeitar o meu.

Deus nos ama e por nos amar, respeita, incondicionalmente, nosso livre arbítrio, coisa que estamos engatinhando para compreender.

Livre arbítrio implica liberdade. Implica responsabilidade. Implica conhecimento e aplicação de leis simples, mas de infinita dimensão: minha liberdade termina onde começa a do outro, ou seja, também tem limites.

Não faças aos outros o que não queres que te façam. Um princípio que produz as maiores vantagens na dimensão humana, mas guardado no fundo do baú de nossa mente.

É dando que se recebe. Esta é a lei da causalidade. Se, queres vantagens, ofereça vantagens. Se, queres melhorias ofereça melhorias. Se, queres lealdade, ofereça lealdade. Se, queres fidelidade, ofereça fidelidade. Se, queres alegria ofereça alegria. Se, queres prosperidade ofereça prosperidade. Se, queres honestidade ofereça honestidade. Se, queres bondade, ofereça bondade. Se, queres amor, ofereça amor. Esta reciprocidade é indissolúvel.

Somos seres pensantes. Somos seres dotados de consciência. Somos seres divinos vivendo a experiência humana, exatamente para elevá-la à altura da divindade. E, querendo ou não, somos parte do imenso mar da humanidade.

Se, somos retrógrados, retrocedemos a humanidade. Se, somos progressistas, evoluímos a humanidade.


Não participe de qualquer ato de injustiça, mas também não se omita diante deles, pois ao veres qualquer ato de injustiça e não fizeres nada, tu também te tornas coadjuvante, e na roda da fortuna certamente te depararás com ele, logo à tua frente. Verás um filho sofrendo, um ente querido sofrendo ou tu mesmo, pois ninguém engana a Lei do Karma.
Tente viver a incondicionalidade e verás que é possível, como perceberás que não é só eu, que procuro este caminho; tu também o procuras; tu também o queres. E na incessante marcha evolutiva da humanidade, quem sabe, possamos juntar nossas necessidades e vontades e, juntos, entoarmos uma canção de profunda fraternidade, daquelas que se cantam de mãos de dadas.

Façamos, cada um, a nossa parte, procuremos melhorar-nos a nós mesmos, cada dia um pouco mais, para que hoje seja melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje.

Eu te amo.

Pense nisso.



San Martin.

Nenhum comentário:

Postar um comentário